Atualizado: 23/08/2013
Texto atualizado às 16h47 O dólar fechou em forte queda nesta sexta-feira, na esteira das medidas anunciadas...
O dólar fechou em forte queda nesta sexta-feira, na esteira das
medidas anunciadas pelo Banco Central ontem para conter a volatilidade
no mercado de câmbio. Após uma semana tumultuada diante da perspectiva de mais aperto da política monetária
dos Estado Unidos, a autoridade decidiu anunciar um cronograma de
leilões de dólar. O resultado foi que a moeda encerrou com um recuo de
3,36%, cotada a R$ 2,356. Esta é a maior baixa em um único dia em mais
de um ano, desde 29 de junho de 2012, quando caiu 3,50%. Os dados
decepcionantes divulgados nos EUA pela manhã também contribuíram para o
movimento.
O BC disse que, a partir desta sexta-feira,
ofertará leilões diários, o que deve injetar mais US$ 60 bilhões no
mercado até o final do ano. As ofertas serão de leilões de swap cambial e
de linha (venda de dólares com compromisso de recompra). Ontem, depois
de dia volátil e de leilões do BC e do Tesouro, o dólar encerrou estável
(+0,08%), a R$ 2,438.
A nova estratégia do BC, aliás,
começou hoje. Pela manhã, a instituição ofereceu US$ 1 bilhão no leilão
de linha - cujo resultado não é divulgado. Na próxima segunda-feira,
começam a ser oferecidos os swaps, sempre em montantes de 10 mil
contratos (US$ 500 milhões).
As notícias ajudaram a tirar o
real do menor nível ante o dólar em quatro anos, de R$ 2,4540. Ao longo
do dia, a moeda oscilou entre R$ 2,355 e R$ 2,403. A mínima atingida
pelo dólar logo após o anúncio do encerramento do primeiro leilão de
linha nesta sexta-feira consolida a moeda americana numa faixa de R$
2,35 a R$ 2,40, avaliaram dois ex-diretores do Banco Central (BC), Luís
Eduardo Assis e Carlos Thadeu de Freitas, entrevistados pelo Broadcast.
"A intervenção no Brasil foi um sinal positivo para todos os mercados emergentes.
Ela sinalizou aos investidores que os bancos centrais estão lá reagindo
mais e estão mais agressivos. Eles estão prontos para acelerar a
intervenção deles para estabilizar os mercados", afirmou o estrategista
de mercados emergentes do Citigroup Luis Costa.
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