quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Eike Batista vende a LLX

Atualizado em 15/08/2013



Eike Batista está transferindo o controle da LLX para a americana EIG Management Company. Foto: Fábio Costa/JCom/D.A Press/Arquivo
Eike Batista está transferindo o controle da LLX para a americana EIG Management Company. Foto: Fábio Costa/JCom/D.A Press/Arquivo
Cada vez mais asfixiado pelas  perdas financeiras de seu grupo, Eike Batista está transferindo o controle da LLX para a americana EIG Management Company. Em troca, a empresa de logística receberá uma injeção de capital de R$ 1,3 bilhão. O recurso deverá ser aplicado pela LLX na execução do projeto do Porto do Açu, localizado no Norte Fluminense.

Quando a venda for concluída, o Grupo EIG se tornará o novo acionista controlador da LLX, informou a empresa de logística em comunicado emitido ontem após o fechamento do mercado. Segundo a nota, Eike deixará de integrar a administração da companhia, mas continuará a ser um acionista relevante, com direito de indicar um membro do Conselho de Administração da LLX.

Essa é a segunda vez que Eike Batista aceita deixar o comando de uma das empresas do grupo EBX. Em julho, ele cedeu a presidência do Conselho de Administração da firma de energia e vendeu a maior parte da sua participação para a companhia alemã E.ON.


A capacidade financeira do grupo EBX de concluir as obras do Porto do Açu, um dos principais projetos do empresário, era uma das preocupações de especialistas, investidores e credores do grupo EBX. Ontem, as ações da LLX tiveram a maior alta do Ibovespa, com ganho de 17,05%, fechando a R$ 1,51.

A transferência do controle da LLX para a EIG ainda está sujeita à celebração de contratos definitivos e aprovações regulatórias e societárias, além da finalização de diligências pelo Grupo EIG. As ações que serão emitidas em decorrência do aumento do capital terão o preço de emissão fixado em R$ 1,20.

Derrocada

Baseada em Washington, a EIG é uma das líderes no setor de energia global, com US$ 12,8 bilhões em ativos, segundo dados de junho. Já investiu mais de US$ 15 bilhões em 280 projetos ou companhias em mais de 33 países.

A desconfiança de investidores com as empresas “X” teve início após seguidas frustrações com a produção de petróleo da OGX , que já foi considerada o ativo mais precioso de Eike. A petroleira de Eike decidiu não seguir adiante com o desenvolvimento de algumas áreas na bacia de Campos antes consideradas promissoras.

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