sábado, 17 de agosto de 2013

Em clima de tranquilidade, assembleia começa com festa e gritos de 'Rátis!'

Atualizado em 17/08/2013

Interventor do clube foi ovacionado pelos milhares de torcedores que ocupam boa parte do anel inferior da Fonte Nova. 

Com uma recepção digna de um ídolo, o interventor Carlos Rátis foi recebido no estádio da Fonte Nova por uma multidão de sócios do Bahia. Visivelmente emocionado, o interventor abriu os trabalhos após cantar o hino tricolor ao lado dos torcedores do clube. A Assembleia Geral de sócios do Tricolor começou em clima de festa e tranquilidade. Desde as primeiras horas da manhã deste sábado, centenas de torcedores começaram a chegar no estádio da Fonte Nova, local do evento. A assembleia é o primeiro encontro de sócios do clube desde a intervenção decretada pela Justiça, no mês passado. O encontro vai decidir pela aprovação ou não, de um novo estatuto proposto pela equipe de intervenção. Mais de 8 mil sócios estão aptos a votar.
Sócios do Bahia lotam o setor oeste da Fonte Nova durante a Assembleia Geral do clube (Foto: Eric Luis Carvalho)Sócios do Bahia lotam o setor oeste da Fonte Nova durante a Assembleia do clube

A primeira chamada da assembleia aconteceu às nove horas, um hora depois, aconteceu uma segunda chamada, mas não foi iniciada por falta de quórum, uma vez que era necessário que pelo menos 1/3 dos associados estivessem no local. Às 11h, uma nova chamada deu início aos trabalhos. A eleição prossegue até às 15h (horário de Brasília), quando as urnas serão fechadas para o início da apuração.
Antes da votação, muita festa dos torcedores nas arquibancadas da Fonte Nova com o hino tricolor cantado a todo instante. Ídolos do passado, como Zé Carlos e Osni, foram ovacionados pelos torcedores. Pré-candidatos ao cargo de presidente do clube, Rui Cordeiro, Antonio Tilemont e Fernando Schimitd também foram bem recebidos pelos torcedores. Enquanto aguardavam para votar, os torcedores assistiam trechos de filmes sobre a história do clube. Um dos personagem do filme Bahêa Minha Vida, o técnico Joel Santana foi constantemente vaiado pelos torcedores.
Rátis abre os trabalhos com resumo da intervenção.Veja a seguir.


Emocionado, Carlos Rátis canta o hino do Bahia junto com a torcida tricolor (Foto: Eric Luis Carvalho) 
Emocionado, Rátis (2º da esquerda para direita)
canta o hino com a torcida 
A assembleia foi aberta oficialmente por volta das 11h20m (horário de Brasília), pelo interventor Carlos Rátis. O advogado, que comanda o Bahia desde 9 de julho, detalhou as ações feitas pela equipe de intevenção. Rátis foi duro com a gestão anterior e criticou ações contrárias à intervenção.
- O que queremos é abrir o clube para os senhores. Queremos democratizar o clube. Conseguimos pagar o FGTS da Divisão de Base, o salário dos funcionários de junho. Dos jogadores pagamos o salário de junho, mas resta o salário de imagem. Tivemos que fazer a multiplicação dos pães, como o conto da bíblia. A receita dos senhores (sócios) será a receita que vai manter o Esporte Clube Bahia nos próximos dias - anunciou o interventor.
Saiba como será a votação
Os 8.600 sócios votarão através de uma cédula, na qual será possível escolher SIM ou NÃO para as mudanças propostas pela equipe de intervenção. A votação será por bloco. Para que o estatuto seja modificado, é preciso que 2/3 dos sócios na assembleia votem a favor da mudança. Caso os 8.600 sócios aptos compareçam à reunião, 5.733 precisam dizer SIM para que o estatuto seja alterado.
Confira abaixo as principais alterações do estatuto sugeridas pela Comissão de Intervenção.
- Ficha-limpa: ninguém poderia ser candidato à presidência ou a cargo de conselheiro se possuir condenação judicial.
- Eleição direta: sócios elegem diretamente o presidente, que teria de se dedicar integralmente ao cargo e teria salário estipulado pelo Conselho Deliberativo.
- Redução do Conselho: de 300 para 100 componentes, e sua eleição seria proporcional aos votos recebidos por cada chapa.
- Maioridade eleitoral: a idade mínima para votar seria reduzida de 18 para 16 anos. A idade mínima para associação também seria reduzida de 18 para zero ano.
- Mandato-tampão: presidente eleito durante a intervenção comandaria o clube até dezembro de 2014 e não poderia se reeleger.

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