quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Carlos Suarez está perto de um lucro de 1 300% em 7 anos

Atualizado em 05/09/2013

Um dos fundadores da empreiteira OAS, Carlos Suarez fez negócios multimilionários nos últimos anos. O próximo, a possível venda de sua participação numa empresa da Petrobras, pode ser o melhor deles

 Unidade da Controlar no Parque do Estado, em São Paulo 

Na hora e no lugar certos: dono de um conglomerado com mais de 30 empresas, Carlos Suarez fez ótimos negócios nos últimos anos. Depois de sair da OAS, tornou-se sócio de várias empresas, entre elas a Controlar (foto), da qual detém 45%
São Paulo - O empresário baiano Carlos Seabra Suarez, de 61 anos, é um homem rico e discreto. Ele não aparece em eventos, não dá entrevistas, não figura na lista dos homens mais ricos do país, embora certamente seja um deles. Poucos sabem ao certo o tamanho exato de seu grupo empresarial. Segundo um levantamento feito por EXAME, pelo menos 35 empresas pertencem a ele.

Em Salvador, onde vive parte do ano (a outra parte passa na região espanhola da Galícia), é dono de terrenos e empreendimentos imobiliários. No resto do país, a discrição garante seu virtual anonimato. Entre os empresários do setor de energia, é conhecido como “o homem do gás”, por ser sócio de distribuidoras de combustível em estados como Amazonas e Distrito Federal. Em seis delas, é sócio da Petrobras, a maior empresa do país.
Engenheiro de formação, Suarez começou a carreira na construtora Odebrecht. Mais tarde, em 1976, foi um dos fundadores da empreiteira OAS — a inicial de seu sobrenome permanece na marca da construtora, da qual se desligou na década de 90. Ao deixar a empresa, levou terrenos e imóveis como parte do pagamento por suas ações.


A partir daí, começou a construir um pequeno império. Especializou-se em elaborar projetos de infraestrutura, quase sempre em parceria com governos e estatais. Além de oito distribuidoras de gás, é dono de uma usina térmica, uma empresa de energia eólica e companhias de manutenção de usinas, além de ter participações minoritárias que valem muito dinheiro.
Neste momento, está prestes a fechar um de seus maiores negócios: a venda de sua participação de 49% na Brasil PCH, empresa que reúne 13 usinas hidrelétricas de pequeno porte e que fundou em sociedade com a Petrobras.
Há dois meses, a petroleira acertou a venda de seus 49% por 650 milhões de reais para a Cemig, estatal mineira de energia. A Cemig já informou que quer também comprar o restante do negócio, pagando o mesmo valor acertado com a Petrobras.
Se aceitar a oferta da Cemig, o empresário conseguirá um lucro de 1  300% em sete anos de investimento. As atas de assembleias da Brasil PCH mostram que a Petrobras investiu 75 milhões de reais para entrar na sociedade, enquanto Suarez colocou 46 milhões, sendo apenas 10 milhões em dinheiro.
O restante foi contabilizado com base em projetos de pequenas centrais hidrelétricas que permaneciam no papel, aguardando capital para ser erguidas. Firmada a parceria, a Petrobras viabilizou financiamentos de 800 milhões de reais no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (­BNDES) e de 280 milhões com o Petros (fundo de pensão dos funcionários da petroleira) para a construção das usinas.

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