Novamente o empresário brasileiro Eike Batista é pauta na mídia do exterior. Desta vez, o famoso jornal Wall Street Journal traçou a trajetória das empresas de Eike, do auge até sua iminente falência.

 

Ainda aguardando que a OGX, principal empresa do grupo EBX, consiga uma recuperação judicial, Eike tenta reorganizar as finanças enquanto a matéria principal do Wall Street Journal afirma, de forma categórica, que a falência seria a maior já ocorrida na história da América Latina.
O jornal recorda que a “chocante reviravolta” se deu no início do ano passado nas tentativas de pouco sucesso, da OGX, ao tentar achar petróleo em campos com nenhum ou poucos recursos. Por conta disso, a empresa perdeu muito valor no mercado de ações.
Tentando entrar em acordo com os detentores dos títulos da OGX que detêm cerca de 3,6 bilhões em ações, Eike vê o colapso se espalhar por outras empresas do grupo, já que elas estão todas interligadas. Em meio aos acontecimentos, outras empresas com dívidas como a OSX Brasil (OSXB3), também seriam atingidas.


Apesar do momento, alguns funcionários da OGX têm mantido a esperança que o campo de Tubarão Martelo seja um campo economicamente viável, estimulando os detentores dos papéis a injetarem capital a fim de desenvolver o negócio.
A ruína do empresário, destaca o jornal, também revela uma mancha na estratégia brasileira de apoiar grandes empresários que poderiam projetar o crescimento econômico brasileiro. O empresário angariou empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), banco de fomento nacional.
Por fim, o Wall Street Journal deu voz a Greg Lesko, que administra cerca de US $ 800 milhões nas Deltec Asset Management e já negociou açõs da OGX (OGXP3). Pessismista, ele sela o destino da OGX. “É trágico para os titulares dos títulos e para ele como pessoa. Não há nada que Eike pode fazer, neste momento, para tornar a empresa o que ele queria que fosse. O óleo simplesmente não estava lá”, avaliou o especialista.