quarta-feira, 30 de outubro de 2013

OGX, de Eike Batista, pede recuperação judicial

Atualizado: 30/10/2013 16:57 | Por estadao.com.br
 
Este é o último recurso antes de uma possível falência da petrolífera, que acumula dívidas de US$ 5,1 bilhões; ações já perderam 99,3% do seu valor, desde o pico em 2010

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SÃO PAULO - A petrolífera OGX, do empresário Eike Batista, confirmou as expectativas do mercado e entrou com um pedido de recuperação judicial na tarde desta quarta-feira. A informação é do advogado Sérgio Bermudes, que está à frente do processo. Este é o último recurso antes de uma possível falência da empresa, que agora ganhará um novo prazo de negociação, na tentativa final de quitar suas dívidas.
Após meses de negociação, a OGX não conseguiu chegar a um acordo com os seus credores. Com isso, a empresa só terá caixa por mais algumas semanas e precisa levantar recursos com credores ou novos investidores.
Criada em 2007, a petrolífera acumula dívidas sem garantia no valor de US$ 5,1 bilhões. O montante inclui US$ 3,6 bilhões de detentores de títulos de dívida emitidos no exterior, caso das gestoras americanas BlackRock e Pimco.


Além disso, há US$ 546 milhões em dívidas com fornecedores e pelo menos US$ 900 milhões com a OSX, braço de construção naval do grupo EBX - a companhia alega, contudo, que o montante chegaria a US$ 2,6 bilhões. Há também dívidas de pouco mais de US$ 300 milhões com bancos como Itaú, Santander e Morgan Stanley, mas no caso dessas instituições financeiras os débitos contam com garantias.
Com o pedido de recuperação, uma assembleia de credores será convocada para a definição de um plano de ação. A contratação de crédito, ainda que muito difícil, é possível, assim como o levantamento de novos recursos.
O processo judicial ocorrerá na 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A companhia entregou a petição no fórum por volta das 16h40 desta quarta.
As ações da OGX já perderam 99,3% do seu valor desde o pico em 2010, de R$ 23,27. Hoje, o papel fechou cotado a R$ 0,17, uma queda diária de 26%.

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