Na lista de credores da OGX, que acumula dívidas de R$ 11,3 bilhões, constam até os fornecedores de cafezinho, que têm para receber cerca de R$ 10 mil
No rastro de inadimplência da OGX, amargam
prejuízos fundos de investimentos, bancos, órgãos públicos e até
fornecedores de materiais e serviços - de refrigeração à papelaria.
No relatório encaminhado à Justiça em que elenca todos os
credores, a OGX informa ainda que as dívidas com a Petrobrás somam R$
37 milhões e já têm prazo de pagamento vencido. Com a subsidiária
Petrobrás Distribuidora, as dívidas passam de R$ 3 milhões e ainda não
estão vencidas. Juntas, as empresas detêm 0,21% das dívidas da
petrolífera do grupo X. Procurada, a Petrobrás não comentou os valores. Outros órgãos estatais também figuram na lista. A Caixa Econômica Federal é credora de cerca de R$ 121 mil, e o Ministério dos Transportes, R$ 100 mil. Também constam como credores o Ministério da Fazenda, o Tribunal de Justiça e a prefeitura do Rio.
No total das dívidas da empresa de Eike, pouco mais de R$ 740 milhões são de títulos vencidos. Entre os principais credores, estão fundos de investimentos com mais de R$ 8 bilhões. O grupo francês Schlumberger, da área de petróleo, acumula mais de R$ 150 milhões em títulos. O relatório também expõe a dívida entre as empresas irmãs do grupo X.
A OSX reclama o pagamento de R$ 1,6 bilhão por contratos de locação de equipamentos, como plataformas de exploração. A OGX, entretanto, reconhece dívidas de apenas R$ 770 milhões.
A petroleira de também deixou de pagar serviços básicos da empresa, como o aluguel da sede do grupo EBX. A administradora do Edifício Serrador, no Centro do Rio, cobra uma dívida de mais de R$ 757 mil referentes ao aluguel do espaço. Em função das dívidas, as empresas do grupo começaram a deixar o prédio no início de outubro.
Assembleia .
Esvaziada, a assembleia extraordinária de acionistas da OGX, elegeu ontem três membros independentes para o Conselho de Administração. Apenas dois acionistas minoritários foram à assembleia, no auditório do Grupo EBX. A reunião de ontem teve poucos minutos e começou pontualmente ao meio-dia. O presidente da OGX, Paulo Narcélio Simões Amaral, não foi. Eike Batista também mandou um representante.
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