terça-feira, 20 de agosto de 2013

S.O.S. Adriano: empresário age e tenta adiar aposentadoria do Imperador

Atualizado em 20/08/2013

Sem jogar há 16 meses, atacante tem futuro incerto. Fabiano Farah procura médicos para tratar tendão e psicológico. Excessos e desleixo preocupam

Adriano deixa o CDPI depois da realiuzação dos exames (Foto: Thales Soares) 
Adriano faz sinal de positivo depois de exames
realizados para atuar no Inter
Sem atuar desde março de 2012, Adriano projetou seu retorno para algum clube no meio deste ano. Mas o atacante blefou. Agora, uma última e decisiva cartada para tentar adiar o fim da carreira começa a ser dada. Fabiano Farah - empresário renomado no futebol que já trabalhou com Ronaldo, Roberto Carlos, entre outros – traçou metas para o jogador, consultou médicos para recuperação do problema no tendão do pé esquerdo e também para a problemática relação com o álcool. O futuro é incerto, o rótulo de ex-jogador começa a ganhar forma e o título de Imperador resume um império em ruínas e de difícil reconstrução.
Formado em administração de empresas, com mestrado em marketing, Fabiano Farah é um dos empresários mais bem relacionados no futebol. Sua “lei de trabalho” é ser discreto. Por isso, ele age em silêncio e evita comentários sobre a condução do caso Adriano. Mas o GLOBOESPORTE.COM destrinchou o mapeamento que Farah fez a favor do atacante.
Um dos contatos do empresário aconteceu com Sidnei Loureiro, gerente técnico do Botafogo e seu amigo de longa data. Farah o consultou sobre a indicação de um médico e recebeu o nome de Rodrigo Kaz, que presta serviços ao Alvinegro, para intensificar a recuperação da lesão no tendão de Aquiles do pé esquerdo do jogador.
Além da questão médica, Farah também demonstrou preocupação com a cabeça de Adriano. Ele teria relatado que o jogador está disposto a tratar o seu problema com o álcool. Desta vez, recebeu o nome de uma clínica especializada, indicada por Chico Fonseca, vice-presidente de futebol do Botafogo.
Apesar do contato com dirigentes do Botafogo, ainda não há uma indicação de que Adriano volte a jogar futebol. No clube, a situação é tratada apenas como uma ajuda a um ser humano no âmbito social, nada relacionado ao esporte profissional ou a sua ida a General Severiano para utilizar as instalações. Pelo menos, por enquanto.
Excessos e descuido com forma física.

 
Recentemente, Adriano deixou de lado o trabalho de condicionamento físico. Amigos e pessoas próximas relatam os abusos de sempre com bebidas alcoólicas, as costumeiras incursões em favelas - muitas delas não pacificadas - e excessos nas madrugadas do Rio. O atacante engordou, apresenta uma silhueta bem mais rechonchuda, o rosto inchado e, às vezes, manca por conta das operações no tendão.
O relacionamento com Renata, que está grávida de Adriano, também sofre abalos, apesar de a odontologista se esforçar e usar redes sociais para postar fotos e mensagens para garantir que está tudo bem.
Mas as incursões noturnas do jogador sem a noiva muitas vezes varam a madrugada, como recentemente, quando Adriano apareceu na praia do Leme em pleno domingo de sol, depois de uma noite de farra que, segundo pessoas presentes à festinha, teria custado R$ 12 mil e contado com presença de mulheres.
Ao chegar à areia de calça jeans e sem camisa por volta de 10h, o jogador bebeu uma lata de Brahma em apenas um gole, deitou numa espreguiçadeira e, quando foi alertado que poderia ser fotografado, disparou:
- Não devo satisfação a ninguém. Só à minha noiva.
Depois, dormiu por cerca de duas horas.
Resistência a tratamento psicológico
Em junho, o atacante esteve próximo de um acerto com o Internacional. Mas o clube recuou depois dos resultados dos exames médicos. Adriano realizou dois procedimentos cirúrgicos no tendão de Aquiles do pé esquerdo e, mesmo após as cirurgias, não respeitou restrições e prejudicou sua recuperação.
Adriano também recebeu propostas do mundo árabe.
Além da forma física e do problema no tendão do pé esquerdo, aqueles que conviveram ou que ainda estão próximos a Adriano são unânimes em dizer que, mais do que pé ou barriga saliente, o problema do jogador está na cabeça, com as alternâncias psicológicas que marcaram os últimos anos de sua carreira e a relação problemática com a bebida.
No ano passado, quando treinava no Flamengo e acumulou série de indisciplinas, Zinho, então diretor de futebol, condicionou a permanência de Adriano a um tratamento psicológico. O atacante disse que procuraria o médico indicado, o que nunca aconteceu. Ele teve seu contrato rescindido e deixou no ar um grande ponto de interrogação sobre o futuro de sua vida não só dentro, mas também fora das quatro linhas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário