Publicado em
20 de Setembro de 2013
RIO DE JANEIRO, RJ, 20 de setembro (Folhapress) - A SIX Semicondutores,
empresa de chips resultante de parceria entre o grupo EBX, de Eike
Batista, e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social), busca sócios interessados em assumir parte da fatia do grupo X
no ativo.
De acordo com o diretor do BNDES José Ramundo, há conversas entre o
banco e quatro ou cinco investidores e parceiros estratégicos com
interesse no projeto. Atualmente, afirmou, o grupo EBX possui o controle
e uma fatia de 33% da empresa. Parte do investimento referente à
participação da companhia no projeto já teria sido aportada.
Ainda faltam, segundo o diretor do banco de fomento, pouco mais de
10% a ser colocado pelo grupo. É para essa fatia que o banco busca
interessados. O investimento total no projeto gira entre US$ 550 milhões
a US$ 600 milhões, disse ele.
"É importante deixar claro que o grupo EBX é responsável por uma
parcela marginal desses aportes. O grupo está trabalhando conosco em
busca de uma alternativa que possa cobrir parte desse investimento. A
gente pode, ainda, procurar uma alternativa dentro do próprio grupo",
disse.
Parceiros
Ramundo disse que um terço de todo o capital do projeto já foi
aportado pelos os parceiros, inclusive, pela própria EBX. A Six
Semicondutores é uma parceria entre EBX, BNDES, BDMG (Banco de
Desenvolvimento de Minas Gerais) e as empresas IBM, Matec Investimentos e
Tecnologia Infinita. A fábrica de chips está em processo de instalação
em Ribeirão das Neves, Minas Gerais.
De acordo com o diretor, com o volume de investimentos já aportados,
o projeto tem condição de ser tocado sem grandes alterações pelos
próximos seis a oito meses. O diretor não descartou, contudo, que uma
solução seja encontrada no próprio grupo EBX para sua participação no
projeto. Ele ressaltou que a saída da EBX do controle da empresa não
está definida ainda.
Ramundo informou que o projeto corria dentro do prazo e do orçamento
até dois meses atrás. Desde então, o ritmo de implantação do projeto
reduziu um pouco. O diretor não deixou claro se o motivo foram os
problemas pelos quais passam o grupo de Eike Batista.
"A gente reduziu um pouco a velocidade de implantação, mas não
paramos a execução. A solução para esses 10% pode vir da EBX ou de novos
parceiros. Não posso dizer o nome das empresas para não afetar o
negócio", disse, durante um seminário sobre startups em um prédio do
BNDES, no centro do Rio.
O diretor se disse otimista. "A gente tem recursos e tempo para essa implantação. É um projeto arrojado e estamos otimistas."
Exposição
Ramundo, que cuida da parte mais voltada para mercado de capitais do
banco, não fez comentários profundos sobre as dívidas das empresas do
grupo X com o BNDES. Ele repetiu o que já vem sido dito pelo presidente
do banco, Luciano Coutinho, de que "a exposição do grupo é pequena". Ele
destacou apenas que o grupo está se reestruturando, sem grandes
problemas para os credores.
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