Atualizado em: 17/09/2013
Pátio do Detran está repleto de motos apreendidas. Permanência mínima é de 5 dias, ao custo de R$ 80
trânsito ficou congestionado.
Somente de janeiro a agosto deste ano, a PM apreendeu 5.786
motocicletas e outras 13.344 foram autuadas na capital e região
metropolitana. A assessoria da instituição não soube informar os números
de apreensões registradas em 2012.
De acordo com o capitão Marcelo Pitta, do Departamento de Comunicação
da PM, as ações desta terça não fizeram parte de nenhuma operação e se
trata de "ações rotineiras".
Na comparação com o ano passado, essa rotina aumentou cerca de 47% em
todo o estado. Em 2012, a média mensal de abordagens a motocicletas foi
de, aproximadamente, 23.972 por mês. Nos sete primeiros meses deste ano,
a média saltou para 35.008 abordagens mensais.
Ainda segundo o capitão Pitta, a PM não contabiliza as blitzes que
realiza isoladamente. Por essa razão, os números apresentados são
resultados não só de blitzes como também de rondas, operações e
acionamentos por meio do 190.
O oficial ressalta que o aumento da média mensal se deve a dois
fatores: um deles é uma "tendência natural de potencializar o número de
abordagens". O segundo foi uma mudança no sistema de contabilizar dados
da PM, ocorrida em junho de 2012, que ofereceu "números mais precisos".
"Existem várias modalidades criminosas, como a saidinha bancária, em
que se utilizam motocicletas", diz Pitta, referindo-se ao foco neste
tipo de veículo.
No pátio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA), havia até
esta terça 844 motocicletas apreendidas. Delas, 456 estão destinadas a
leilão, 227 ainda não completaram os 90 dias necessários para ser
leiloadas, e as 165 restantes são ciclomotores ("cinquentinhas").
"A cada ano, o número de apreensões tem aumentado e o nosso pátio está
cada vez mais cheio", destaca o major Genésio Luide, da diretoria geral
do Detran. Após ser apreendida, a moto só pode ser retirada após, no
mínimo, cinco dias. A diária no pátio é de R$ 16. Após 90 dias, o
veículo deve ser leiloado.
"Perseguição"
O presidente do Sindicato dos Motociclistas, Motoboys e Mototaxistas do
Estado da Bahia (Sindmoto-BA), Henrique Baltazar, argumenta que não é
contra as blitzes, mas reclama do tratamento. Ele afirma ainda que a
categoria seria "perseguida".
"Esse aumento é decorrente da perseguição da PM. Tem gente cometendo
crime com moto, mas também tem trabalhador. O problema é que a PM trata
todos como bandidos. São grosseiros e nos tratam como cachorro. Agem com
ganância e o Estado é que está lucrando", desabafa
Sobre essas reclamações, o capitão Pitta destaca que é necessário
apresentar fatos concretos: "A partir do registro vamos apurar".
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