quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Polícia Militar apreende 5,7 mil motos em 8 meses

Atualizado em: 17/09/2013

Pátio do Detran está repleto de motos apreendidas. Permanência mínima é de 5 dias, ao custo de R$ 80

trânsito ficou congestionado.
Somente de janeiro a agosto deste ano, a PM apreendeu 5.786 motocicletas e  outras 13.344 foram autuadas na capital e região metropolitana. A assessoria da instituição não soube informar os números de apreensões registradas em 2012.
De acordo com o capitão Marcelo Pitta, do Departamento de Comunicação da PM, as ações desta terça não fizeram parte de nenhuma operação e se trata de "ações rotineiras".
Na comparação com o ano passado, essa rotina aumentou cerca de 47% em todo o estado. Em 2012, a média mensal de abordagens a motocicletas foi de, aproximadamente, 23.972 por mês. Nos sete primeiros meses deste ano, a média saltou para 35.008 abordagens mensais.
Ainda segundo o capitão Pitta, a PM não contabiliza as blitzes que realiza isoladamente. Por essa razão, os números apresentados são resultados não só de blitzes como também de rondas, operações e acionamentos por meio do 190.
O oficial ressalta que o aumento da média mensal se deve a dois fatores: um deles é uma "tendência natural de potencializar o número de abordagens". O segundo foi uma mudança no sistema de contabilizar dados da PM, ocorrida em junho de 2012, que ofereceu "números mais precisos".
"Existem várias modalidades criminosas, como a saidinha bancária, em que se utilizam motocicletas", diz Pitta, referindo-se ao foco neste tipo de veículo.


No pátio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA), havia até esta terça 844 motocicletas apreendidas. Delas, 456 estão destinadas a leilão, 227 ainda não completaram os 90 dias necessários para ser leiloadas, e as 165 restantes são ciclomotores ("cinquentinhas").
"A cada ano, o número de apreensões tem aumentado e o nosso pátio está cada vez mais cheio", destaca o major Genésio Luide, da  diretoria geral do Detran. Após ser apreendida, a moto só pode ser retirada após, no mínimo, cinco dias. A diária no pátio é de R$ 16. Após 90 dias, o veículo deve ser leiloado.
"Perseguição"
O presidente do Sindicato dos Motociclistas, Motoboys e Mototaxistas do Estado da Bahia (Sindmoto-BA), Henrique Baltazar, argumenta que não é contra as blitzes, mas reclama do tratamento. Ele afirma ainda que a categoria seria "perseguida".
"Esse aumento é decorrente da perseguição da PM. Tem gente cometendo crime com moto, mas também tem trabalhador. O problema é que a PM trata todos como bandidos. São grosseiros e nos tratam como cachorro. Agem com ganância e o Estado é que está lucrando", desabafa
Sobre essas reclamações, o capitão Pitta destaca que é necessário apresentar fatos concretos: "A partir do registro vamos apurar".

Nenhum comentário:

Postar um comentário