Bernard pede ajuda a Felipão antes de definir transferência para o Shakhtar

Atualizado em 10/08/2013 

Jogador revela que também pediu conselhos para família, amigos e técnico Cuca, e ainda conta que se sentiu pressionado para deixar o Atlético-MG

 

Bernard sorri na despedida na Cidade do Galo

A palavra final foi de Bernard. No entanto, para chegar à decisão de se transferir para o futebol ucraniano, o atacante do Galo pediu conselhos a várias pessoas. Uma delas foi Felipão, treinador da Seleção Brasileira, que ficou encantado com o futebol do garoto na Copa das Confederações. A maior negociação do futebol mineiro – vendido ao Shakhtar Donestk por 25 milhões de euros (cerca de 77 milhões de reais) –  também consultou o técnico Cuca, amigos e familiares.
É inegável que Bernard ficou com medo de ir para o futebol ucraniano. Medo de se esconder, de desaparecer diante do olhar dos brasileiros e do técnico da seleção brasileira. Nada melhor do que ouvir da própria boca do comandante do Brasil um conselho para ajudar na tomada da decisão.
- Eu apenas fui pedir a ele (Felipão) um conselho do que ele achava, e ele somente disse que era para eu seguir meu coração, conversar com a minha família, conversar com meus amigos, porque é um momento de decisão e qualquer conselho é bem-vindo, ainda mais de um técnico de seleção brasileira. Ele foi bastante franco comigo em todas as palavras e me tranquilizou, por ser um treinador de Seleção. O conselho dele foi algo que me ajudou na minha escolha, mas em momento nenhum eu fui pressionado para ter uma escolha precipitada. Em todo momento eu pude parar para pensar e ver o que era melhor para mim. Então, eu juntei todos os conselhos que eu recebi em todos os momentos e isso fez com que eu pudesse chegar a esta decisão.

 

Cuca foi uma das pessoas ouvidas por Bernard

O treinador Cuca também foi ouvido. O comandante, que colocou Bernard como titular e fez o jogador crescer no Atlético-MG, também teve voz na decisão de Bernard de se transferir para o Shakhtar.
- Ele falou a mesma coisa que o Felipe. Para ter tranquilidade nesta escolha e não fazer nada precipitado, porque em momentos assim a gente tem que estar com a cabeça no lugar, com a cabeça fria. Ter tranquilidade nas escolhas. É um cara que me ajudou bastante aqui dentro do Atlético-MG. Então, é lógico que eu queria ouvir um conselho dele.
No entanto, o que pesou mais foi o apoio da família e dos amigos. Bernard revela que ficou pressionado psicologicamente e que sua vontade era permanecer no Atlético-MG para disputar o Mundial. Porém, o jogador explicou que a questão financeira e a estrutura do clube do Leste Europeu fizeram a diferença.
- Meus empresários, minha família, meus amigos disseram desde a primeira proposta que eu tive que, independentemente da minha escolha, eles estariam comigo aonde quer que eu fosse. Eu fui mal interpretado no momento que eu disse que estava sofrendo uma pressão muito grande. Eu estava sofrendo uma pressão psicológica muito grande, que eu mesmo estava me pressionando. Sinceramente, eu não queria ir, isso eu deixei bem claro para a diretoria, mas o “eu não queria ir”, não cabia a mim, cabia ao presidente. Então eu tentei, tentei usar algumas coisas para que eu pudesse ficar, mas não obtive sucesso. Perante a essa pressão, a decisão foi única e exclusiva minha. É lógico que financeiramente foi importante, porque eu trabalho para receber também, ninguém trabalha de graça, e a minha família também ficou muito feliz com a escolha, porque a gente já conheceu a casa. Vimos que é uma casa muito boa, tanto para mim quanto para meus amigos, quando forem me visitar. Então, eu fiquei bastante feliz e também pelo que eu conheci da cidade de Donestk.