sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Eike Batista quer deixar SIX

Atualizado em 06/09/2013

Em crise, grupo não tem como dar contrapartida de até R$ 100 milhões

Impactos da industrializacao em Ribeirao das Neves 

 Promessa. SIX tem potencial para gerar 300 empregos diretos e deve iniciar as operações em 2015, se não houver nenhum atraso 

Rio de janeiro. Dez meses após ser lançada com pompa pelo ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, a SIX Semicondutores S.A. está em busca de um sócio para substituir a EBX. Em meio a um processo de reestruturação, o grupo de Eike Batista está disposto a deixar a fábrica de chips eletrônicos e já não tem fôlego (ou interesse) para financiar o projeto, orçado em R$ 1 bilhão.
 
Ao lado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a EBX é a maior acionista da SIX. Ambos possuem participação de 33,02% na empresa, que tem como sócias minoritárias IBM (18,08%), Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) (7,2%), Matec Investimentos (6%) e a Tecnologia Infinita WS-Intec (2,6%), do empresário Wolfgang Sauer, idealizador do projeto, falecido em abril.
O grupo EBX procura transferir o negócio a outro investidor. O BNDES também se movimenta para encontrar um substituto ao X do projeto. Além de aportar R$ 245 milhões para garantir sua fatia na sociedade, o banco aprovou um financiamento de R$ 267 milhões para a fábrica que está sendo construída no município de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.Veja Também.

 

Procurados pela agência “Estado”, a EBX, o BNDES e o governo de Minas Gerais não quiseram comentar o assunto. A reportagem apurou que até o momento foram liberados R$ 40 milhões pelo BNDES para as obras. A EBX, entretanto, não tem como dar a contrapartida obrigatória ao investimento – algo entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões – nesse momento de crise aguda. Embora o projeto seja considerado estratégico pelo governo, há resistência dentro do banco de fomento em elevar sua participação na SIX para tapar o buraco deixado pela EBX. A solução, portanto, será mesmo encontrar um novo parceiro. A preferência é por um investidor privado, já que o governo fez aportes pesados na SIX. O BDMG investiu até agora R$ 16 milhões de um total de R$ 48,2 milhões.
A Six Semicondutores vai produzir chips para aplicações industriais e médicas, tendo como diferencial a fabricação de circuitos integrados sob medida. O cronograma do projeto prevê a entrega das obras civis e de infraestrutura, a cargo da Matec, até dezembro.
 

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