quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Eike perde o primeiro 'X'

Atualizado: 12/09/2013 

Pela primeira vez uma empresa do grupo perdeu a marca registrada do criador e mudou de nome. A empresa de energia MPX, controlada agora pelos alemães da E.ON, passa a se chamar Eneva S.A

Eike perde o primeiro 'X' (© Reuters)
Quando começou a desenhar seu conglomerado, alguns anos atrás, o empresário brasileiro Eike Batista decidiu imprimir uma marca comum em suas empresas: todas seriam batizadas com uma sigla, terminada com a letra 'X', que, nas palavras do próprio Eike, representava a "multiplicação" de seu império.
Ontem, pela primeira vez uma empresa do grupo perdeu a marca registrada do criador e mudou de nome. A empresa de energia MPX, controlada agora pelos alemães da E.ON, passa a se chamar Eneva S.A.
A mudança era esperada desde julho, quando foi anunciado o acordo com os alemães. Em comunicado divulgado ontem, após a aprovação da marca na assembleia de acionistas, a empresa explicou que o nome Eneva é a união da letra "E", de energia, com a palavra "Neva", que remete à ideia de "nova".
"O nome simboliza uma nova fonte de energia, em busca constante por soluções inovadoras e transformadoras", diz a nota. As ações continuam a ser negociadas com os códigos MPXE3 na BM&FBovespa e MPXEY no mercado de balcão americano.
Fonte próxima à empresa diz que uma agência especializada em criação de marcas analisou quase 20 nomes para a MPX. Esse teria sido escolhido por se aproximar do nome da multinacional: E.ON.
A antiga MPX, agora Eneva, está em processo de aumento de capital, com elevação da fatia da E.On, que no fim de agosto detinha 36,20% do capital, ao passo que Eike Batista estava com 25,19%, e o BNDESPar, com 10,34%. No início de julho, Eike renunciou à presidência e à cadeira no conselho da MPX.
Na próxima segunda-feira, o conselho de administração da empresa se reúne para homologar o aumento do capital social de R$ 800 milhões e o total de ações a serem emitidas pela companhia.
A Eneva tem hoje uma carteira de ativos de 1.780 MW de capacidade instalada, localizados nos Estados do Maranhão, Ceará e Amapá.

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